Publicada em 24/04/2024
Por Milton de Araújo*
A modernidade nos dá a impressão de que o tempo está passando cada vez mais rápido. As mudanças na forma como as pessoas se relacionam em sociedade são dinâmicas e, muitas vezes, chegam a confundir os mais conservadores diante da diversidade na maneira de pensar o mundo e se organizar. Com o movimento sindical não é diferente. Esse ano, as Centrais Sindicais nomearam o 1º de Maio como o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. Sim, a gente tem que acompanhar essas novas nomenclaturas porque elas dizem muito sobre o pensamento contemporâneo dos indivíduos presentes no mercado de trabalho atualmente.
Mas, seja como for, é fundamental que o movimento sindical esteja atento a estas novas formas de se relacionar, se organizar e, sobretudo, celebrar uma data tão importante, que diz respeito à classe trabalhadora do Brasil – uma parcela da sociedade que merece toda a nossa consideração. São eles, os responsáveis pelo nosso crescimento econômico, que vai muito bem, aliás! Segundo o boletim Focus divulgado ontem (23) pelo Banco Central (BC), o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ano em 2,02%. Há uma semana, a projeção era que o índice ficasse em 1,95%.
O 1º de Maio desse ano precisa, sim, estar alinhado às novas linguagens, mas, acima de tudo, ser protagonizado pelos trabalhadores e trabalhadoras, ao lado das entidades sindicais representativas, que os fortalecem e impedem a precarização das relações de trabalho, como sempre foi e sempre será. Mantendo os direitos trabalhistas a rigor da lei, defendendo o trabalho decente, lutando contra a exploração do trabalho infantil, em defesa da mulher e da pessoa com deficiência, pela valorização do salário-mínimo, entre outras bandeiras.
Não podemos deixar que a pauta trabalhista se perca no emaranhado que se tornou a vida moderna e sua infinidade de novas nomenclaturas...
Salve o 1º de Maio! Salve a diversidade! Salve a CLT! Salve o Trabalho Digno!
Milton de Araújo é presidente do Sincomerciários de Jundiaí e Região*