Publicada em 13/11/2024
Por Milton de Araújo*
Sempre em defesa dos trabalhadores, de modo geral, o Sindicato dos Comerciários de Jundiaí e Região está atendo às discussões sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6x1, assunto que dominou as redes sociais nesta semana, com crescente apoio de diversas personalidades, artistas, políticos e movimentos sociais.
Estamos acompanhando as manifestações do movimento sindical a favor da redução da jornada, uma pauta antiga, aliás, do sindicalismo comerciário paulista, que em 2013 conquistou a redução da jornada de trabalho para 44 horas semanais, em prol de toda a classe trabalhadora do Brasil.
Agora, é hora de retomarmos essa luta, ampliarmos os debates e as discussões, ouvirmos os especialistas no assunto, refletir sobre os impactos da jornada deste modelo atual na vida dos trabalhadores e, acima de tudo, ter a sensibilidade para entender as necessidades reais daqueles que são diretamente impactados pelas jornadas de trabalho excessivas, já que a sociedade mudou e é preciso acompanhar essas mudanças, revendo a legislação trabalhista neste e em outros aspectos.
Sabe-se que, ao reduzir jornadas, todos ganham, pois além de oferecer mais dignidade ao trabalhador, dá a ele o direito de buscar melhor qualificação. Isso, em si, já é um fator positivo do ponto de vista econômico, pois gera mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, impulsionando a economia e gerando emprego e renda.
Além disso, com mais tempo para a família, cria-se novamente a rede de apoio para a educação de crianças e adolescentes, diminuindo, assim, a evasão escolar e contribuindo para a redução da criminalidade, dando mais oportunidades para que os jovens possam buscar primeiro emprego, por exemplo.
Dessa forma, com apoio do presidente da Fecomerciários e deputado federal Luiz Carlos Motta, favorável à PEC, os comerciários de Jundiaí e Região abraçam essa luta, desde que os resultados sejam bons e favoráveis a todos, para que o País avance nas questões sociais, econômicas e culturais, seguindo exemplos de países que adotaram escalas de trabalho mais justas e tiveram reflexos comprovadamente positivos em todos os setores. É preciso estudar o assunto com calma, e não abandonar, jamais, o nosso objetivo maior de sermos uma sociedade justa e igualitária.
Milton de Araújo é presidente do Sincomerciários de Jundiaí e Região